Mapeamento da Cobertura do Terreno e da Demanda de Polinização

Produtos de sensoriamento remoto, informações do solo e modelos de serviços de polinização serão utilizados para desenvolver mapas de cobertura do solo capazes de informar sobre a distribuição da demanda de polinização. Quando acoplados a modelos de características funcionais e redes de interação, esses mapas nos ajudarão a quantificar a demanda em serviços de polinização em paisagens e a melhor prever e gerenciar estoques e benefícios disponíveis. Estas ferramentas também nos ajudarão a identificar potenciais desajustes entre a alta demanda e a baixa oferta de serviços de polinização para permitir o direcionamento das intervenções (mitigação & conservação).

Utilizaremos imagens de satélite Sentinel-1 e Sentinel-2, técnicas de aprendizado de máquinas com conjuntos de treinamento coletados no solo para desenvolver mapas abrangentes de distribuição de culturas na Argentina, Chile e Brasil. Estes mapas serão utilizados em conjunto com dados de interação espacialmente explícitos de insetos vegetais e dados de traços para prever a resiliência funcional dos serviços de polinização para diferentes tipos de culturas em diferentes paisagens.

A complementaridade e a diversidade biológica das comunidades podem proteger os serviços de polinização das mudanças ambientais. Cada vez mais, evidências sugerem que assembléias funcionalmente diversas são essenciais para suportar serviços de polinização resilientes aos cultivos. A identificação de potenciais déficits em múltiplas escalas permite o desenvolvimento de intervenções políticas direcionadas para a melhoria dos serviços ambientais. Usaremos o sensoriamento remoto por satélite para fornecer mapas de paisagem atualizados e econômicos para apoiar análises ecológicas regionais e internacionais de resiliência de polinizadores para culturas de alto valor na América do Sul.

Mapas de cobertura da terra para:

1. Estimar a demanda por serviços de polinização de insetos (mapeando a quantidade de culturas dependentes de polinizadores presentes e ponderando-a pelo quanto cada tipo de cultura é dependente da polinização de insetos).
2. Quantificar a capacidade da terra em fornecer serviços de polinização (através da estimativa da probabilidade de que culturas funcionalmente importantes irão visitar culturas dentro de diferentes áreas).
3. Modelar a taxa de colapso da diversidade funcional em resposta à extinção de espécies para fornecer um índice de redundância funcional.

Os mapas nacionais produzidos fornecerão uma base de evidências de alto valor apoiando a política, permitindo-nos explorar as interações entre polinizadores, culturas e heterogeneidade da paisagem. Ao integrar a observação da terra, modelos de serviços ecossistêmicos, ecologia funcional, população de polinizadores e modelos de forrageamento, este trabalho contribuirá para o planejamento paisagístico coordenado e a otimização da polinização para apoiar a agricultura sustentável.